domingo, 6 de fevereiro de 2011

siririca alone forever. ela mergulha os olhos num ponto fixo daquele semibreu e alucina. vê oásis. vê sereias entre nuvens de ondas. vê atrizes de novelas. atores galãs. tudo se mistura e ela nem quer saber quem vai pra cama com ela naquela noite em sonhos. a luz azul do aparelho de som ligada - pra criar um climinha. começa o movimento. a dança solitária. agora os olhos estão revirando, buscando no banco de dados algum rosto e corpo aprazível. ela não quer música. nenhum outro ruído além do seu gemido mental ela quer ouvir. os sons do prazer que tanto lhe agradam - compulsoriamente abafados pela conveniência. nessas horas também lembra o quanto seria bom ter seu espaço. sua casa. uma casa inteira só dela. ela não exige cobertura de frente pro mar. duplex. triplex. zilhões de suítes. ela quer um império só seu. ainda que diminuto. os movimentos agora mais ligeiros. espasmos do corpo. choque de um prazer forjado pra ser dela só. estremece inteira. a petite mort se aproxima. gemido abafado. peito arfando. respiração entrecortada. prazer e dor. dor de ter que ocultar seu prazer até de si. um misto de revolta e mais uma pequena satisfação. levanta, vai ao banheiro e toma uma chuveirada fria. deita e sonha que está sendo acarinhada. adormece entre querubins de fábula. amanhã será outro dia e ela terá que acordar do sonho e forjar tudo outra vez. forever and ever. 

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