quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

mais um verão barbarizante e ela deitada nua sobre a colcha. na porta apenas um frágil trinco protege a intimidade de sua nudez tão obcena porque solitária...o som ligado tocando as 132 faixas de rock leve. ela olha o teto e refaz na mente o desenho daquele rosto delicado..e delira. e já não vê mais nada. só um par de olhos pretos, cabelos também pretos emoldurando um delicado rosto...uma boca toda desenhada pro beijo de amor. delira. mais uma noite daquelas: sonhar acordada com saudade do que nunca viu/viveu...vai se mirar no espelho d'água imaginário do teto. vai se tocar. se lambuzar do próprio mel que ela mesma colheu. uma entrega só e triste. é quando seus olhos já sem brilho vão despertar porque já amanheceu e outro dia vão se inicia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário